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Diferença entre Plasma e LCD

As ruas, os jornais e as revistas estão abarrotados de anúncios de modelos de televisores novos e ultrafinos, que convidam os consumidores a substituir o aparelho de TV analógico. As novas tecnologias de plasma e LCD (Liquid Cristal Display ou tela de cristal líquido) significam mais nitidez e colorido impecável nas telas de TV e de monitores . Isso todo o mundo já entendeu. A confusão começa quando o consumidor se depara com o aspecto técnico da questão. Afinal de contas, o que são e quais as diferenças, vantagens e desvantagens de cada tecnologia?

Na opinião de Paulo Diniz, professor da Escola Politécnica da UFRJ, é comum as pessoas ficarem perdidas diante do mundo novo que começa a despontar. Não é à toa. Além de nova, a tecnologia embutida nos televisores de alta resolução é para lá de sofisticada, comenta Diniz.

- O plasma funciona como milhares de lâmpadas fosforescentes em miniatura. Carregadas (ionizadas), elas emitem gases de luz ultravioleta que, em contato com o fósforo, geram a imagem. Já os aparelhos de LCD têm uma lâmpada de luz branca e brilhante (backlight), cuja luminosidade é filtrada pelos cristais líquidos da tela - explica o professor.

Segundo Diniz, a TV de plasma conta com maior ângulo de visão e cores mais vivas do que a TV convencional - e até mesmo do que as de cristal líquido -, além de um contraste visivelmente maior. A tentação pela bela imagem, segundo o professor, é materializada em telas a partir de 42 polegadas. A eficiência na emissão de cor impressiona, mas o padrão perde qualidade com o tempo, avisa.

- A imagem é fantástica, mas deteriorável. É um problema do material físico e não da eletrônica.- frisa.

Além da desvantagem da perda gradual de qualidade - estima-se que o tempo de vida útil de um aparelho fique em torno de cinco anos -, as TVs de plasma geram alto consumo de energia. Outro ponto negativo é o chamado efeito burn-in, causado por imagens estáticas que mancham definitivamente a tela.

Já a durabilidade da TV de LCD, ressalta o professor, é calculada entre 7 e 10 anos. Outros pontos a serem levados em consideração por quem pretende investir na tecnologia: aparelhos em LCD gastam menos energia, são mais leves e esquentam menos. O lado negativo é lidar com o efeito "fantasma" na tela quando a cena assistida reproduz movimentos mais ágeis - cuidado, ainda acontece com muitos modelos.

Por enquanto, a tela de LCD é mais usada para monitores, displays de celulares e equipamentos de som, além de TVs abaixo de 42 polegadas. Para quem tem pressa e quer algo a partir de 46 polegadas, o plasma oferece opções e preços mais baixos. As TVs podem chegar a incríveis 71 polegadas - mas essas são inevitavelmente caras.

- Sou da opinião de que o plasma vai desaparecer e o cristal líquido vai tomar seu lugar. Quando as emissoras começarem a gravar e a transmitir programas em um sinal melhor, a nitidez da imagem nos aparelhos de LCD será muito maior do que a dos aparelhos de plasma. Para quem sonha com uma TV mais moderna, o melhor é esperar. Falo não só em termos de tendência de mercado, mas porque acredito que os preços devem continuar caindo - avaliou Diniz, opinião compartilhada por diversos especialistas internacionais .

De fato, uma TV de plasma de 42 polegadas, que custava R$ 10 mil há um ano já pode ser encontrada pela metade do preço. Por falar em colocar a mão no bolso, vale lembrar que os modelos de TVs de plasma e de LCD à venda não estão prontos para receber o sinal da futura TV digital. Apesar de muitas já terem a resolução necessária, será preciso um conversor. Especialistas acreditam que o preço do aparelho que deixará a TV pronta para receber sinais digitais custe entre R$ 200 e R$ 300.

Fonte: O Globo


A maior TV de plasma do mundo