Na quarta-feira, os investigadores da Universidade de Tóquio testaram pequenos aviões em origami, feitos a partir de um papel especial, a uma temperatura de 250 graus Celsius e ventos sete vezes mais rápidos que o som. As estruturas sobreviveram intactas ao teste.
"Aviões de papel são extremamente leves, assim desaceleram quando o ar está rarefeito e podem descender gradualmente", explicou o professor de engenharia aeroespacial Shinji Suzuki, adiantando que a tecnologia pode ser usada no futuro, para aeronaves espaciais não tripuladas.
A ideia é que os astronautas japoneses lancem os aviões-teste, de 20 centímetros e de papel quimicamente tratado para resistir ao calor e à água, da estação espacial, com o objectivo de provar que estes regressam ao Planeta Azul, superando os efeitos da "reentrada".
"Vai ser a versão espacial das mensagens nas garrafas", brinca Suzuki, já que os aviões terão textos em várias línguas, que incitarão as pessoas que alegadamente os encontrarão, muitos meses depois do seu lançamento no espaço, a contactar o grupo de pesquisa.
